
Essa frase pode parecer dura, mas é a mais pura verdade. E se você está começando na internet, seja com um blog, canal, perfil ou qualquer projeto, provavelmente já sentiu isso na pele: você se dedica, pesquisa, escreve com carinho, entrega valor… e recebe silêncio como resposta. Mas quando alguém com nome faz algo muito menor, todo mundo aplaude. Por quê?
O peso de não ser "alguém"
Eu levei tempo para entender isso. Achava que bastava fazer um bom conteúdo que as pessoas iriam ler, curtir, comentar e compartilhar. Só que a internet não funciona assim. Ela é baseada em atenção. E atenção, meu amigo, não é distribuída de forma justa. Quem já tem público, ganha mais público. Quem ainda não tem, é ignorado. Simples assim.
E não é que o seu conteúdo seja ruim. É que ninguém sabe quem você é. Ninguém está disposto a dar aquela chance, aquele clique, aquele tempo para descobrir se vale a pena. Você é só mais um no meio de milhões tentando ser ouvido. E isso dói. Dói porque parece que tudo o que você faz é inútil. Que seu esforço é em vão.
As métricas que não mostram o que você vive
Já aconteceu comigo de escrever um post incrível, revisar várias vezes, montar uma imagem bacana, otimizar para SEO, divulgar nos grupos… e ter cinco cliques. Enquanto isso, vejo um famoso postar uma frase genérica com uma selfie e receber milhares de curtidas. A diferença não está no conteúdo. Está em quem publicou.
A maioria das pessoas não consome conteúdo por causa do conteúdo. Elas consomem por causa da pessoa. É o nome que atrai, não o valor. É o rosto conhecido, não a qualidade. O algoritmo também ajuda nisso: quanto mais conhecido você é, mais entrega você tem. E assim se forma um ciclo difícil de quebrar para quem está começando.
Quando você vira “alguém”, até seus erros são celebrados
Essa é a parte mais revoltante. Quando você finalmente vira "alguém" — seja por sorte, persistência, viralização ou algum contato — tudo muda. De repente, as pessoas passam a prestar atenção em você. Seus posts, mesmo os medianos, começam a engajar. Seus textos, mesmo apressados, recebem elogios. Seus erros são ignorados ou romantizados. Você se torna uma referência não porque passou a fazer melhor, mas porque passou a ser notado.
Eu já vi gente que usava o mesmo modelo de conteúdo que eu, com até menos profundidade, bombar só porque tinha um selo azul ou um número alto de seguidores. E vi gente incrível desistir por não suportar o vazio da indiferença. Isso me fez pensar: o problema nunca foi a qualidade. Foi a visibilidade.
Comecei meu primeiro blog em 2017, sem saber nada de SEO, HTML ou monetização. Em 2019, pensei em desistir. Em 2021, criei coragem para mudar tudo. E aqui estou eu, em 2025, ainda com a mesma paixão e muito mais cicatrizes. E histórias.
Mas isso significa que você deve parar?
Não. Pelo contrário. Isso significa que você precisa entender o jogo. Saber que o começo vai ser injusto, solitário e muitas vezes ingrato. E mesmo assim continuar. Porque aos poucos, alguém te nota. E esse alguém compartilha. E outro comenta. E outro segue. E um dia, você acorda e percebe que virou “alguém” para alguém. A diferença é que, quando isso acontecer, você terá construído isso com conteúdo real. Com base. Com verdade.
A visibilidade que vem com autenticidade pode demorar mais, mas dura mais também. Você atrai quem realmente se conecta com o que você oferece. Não são números vazios. São pessoas que confiam em você, que indicam seu trabalho e que voltam porque sabem que ali tem algo de verdade.
"Será que isso faz sentido pra alguém além de mim?"
"Será que eu tô no caminho certo?"
Essas perguntas me visitam mais do que eu gostaria. Mas sabe o que me mantém em pé? A vontade de não passar pela vida em silêncio.
Eu já pensei em parar. Muitas vezes.
Teve dia que eu olhei para as estatísticas e quase apaguei tudo. Bate aquela sensação de "pra quê continuar se ninguém vê?". A resposta que encontrei foi: porque eu vejo. Porque esse conteúdo importa pra mim. Porque contar o que eu aprendo, dividir o que eu vivo e ajudar quem está na mesma luta faz sentido, mesmo que ninguém aplauda agora.
Hoje, continuo escrevendo para quem quiser ler. Mesmo que sejam poucos. Porque já aprendi que ninguém liga até ligar. E quando ligarem, quero que encontrem algo que realmente valha a pena. Não um personagem, não um show. Mas a minha verdade. O meu conteúdo. O meu caminho.
Se você está no começo, aqui vai meu conselho:
- Não espere validação para começar.
- Não se compare com quem já está anos à sua frente.
- Produza como se milhares estivessem te assistindo, mesmo que não esteja vindo ninguém.
- Tenha paciência. Tudo que cresce de verdade leva tempo.
- E o mais importante: não se venda por atenção.
Você pode não ser "alguém" ainda, mas está construindo algo muito mais importante: consistência
A verdade é que a maioria das pessoas desiste antes de alcançar alguma coisa. Elas não param porque não têm talento. Param porque não têm paciência. E isso é o que separa quem constrói algo duradouro de quem só quer um pico de visibilidade.
Se eu pudesse falar com o Júnnior do começo, eu diria: "Vai doer, vai parecer que ninguém liga, mas continua. Porque o que você está fazendo hoje, em silêncio, é o que vai te tornar relevante amanhã."
Uma vez, um leitor entrou em contato só pra dizer que um parágrafo meu descrevia exatamente o que ele estava sentindo — e que aquilo o fez desistir de apagar o blog dele. Aquilo me travou. Chorei lendo. E foi ali que entendi: uma única pessoa vale o esforço.
O que me faz continuar
Eu continuo porque já recebi mensagens de pessoas que disseram que meus textos ajudaram. Porque já vi alguém se identificar com algo que escrevi. Porque cada comentário sincero vale mais do que mil curtidas compradas. Porque eu acredito que o conteúdo de verdade sempre encontra quem precisa dele.
E se você chegou até aqui, lendo esse post, é porque você também está construindo algo. Pode ser pequeno agora, mas é real. E o que é real, cresce. Pode acreditar.
Depoimento pessoal
“Já me chamaram de sonhador, de insistente, até de bobo. Mas hoje eu vejo que não era teimosia. Era propósito. Eu sabia que queria fazer algo que fosse meu, que tivesse minha identidade. E mesmo quando ninguém comentava, eu continuava. Porque lá no fundo, eu sabia: um dia alguém ia ligar. E quando ligasse, meu conteúdo estaria pronto para ser encontrado.”
O silêncio de hoje pode ser o barulho de amanhã
Então não pare. Continue postando. Continue escrevendo. Continue sendo você. Porque mesmo que hoje ninguém ligue, você está plantando. E uma hora, a colheita vem.
E quando ela vier, você vai olhar pra trás com orgulho. Porque você não virou “alguém” por sorte. Você virou alguém porque teve coragem de continuar quando ninguém via valor no que você fazia.
Escrever esse post me levou horas — entre café frio, dúvidas e revisões. Mas foi um daqueles textos que saem quase com dor, sabe? Porque são feitos com verdade. E isso, pelo menos pra mim, vale mais que qualquer algoritmo.
Esse é só o começo. Em breve vou contar como lidei com um dos momentos mais difíceis da minha vida digital — e como ele redefiniu tudo. Se você também já pensou em sumir da internet, não perca o próximo post.
O que você já viveu que ninguém viu? Que lições a sua trajetória te ensinou? Não subestime sua história — ela pode ser justamente o que outra pessoa precisa ouvir hoje.